O aguardado GP do México, realizado no Autódromo Hermanos Rodríguez na capital do país, é reconhecido como um dos circuitos mais tradicionais da Fórmula 1. O circuito estreou no calendário da F1 em 1963, permanecendo até 1970. Após um hiato, retornou em 1986 e continuou até 1992. Desde 2015, o GP do México tem sido uma parte constante do calendário da FIA.
Neste artigo especial, vamos relembrar e explorar vários momentos e curiosidades que tornaram esse circuito um ícone do automobilismo. Acompanhe todos os detalhes ao lado da Gulf!
Para começar, conheça melhor o circuito Hermano Rodríguez
Na Cidade do México, encontra-se o Autódromo Hermano Rodríguez, um circuito com tradição que possui 4.304 km com uma história que remonta a 1959, quando era conhecido como Autódromo Magdalena Mixhuca. O atual nome do circuito é uma homenagem aos irmãos Rodríguez, Ricardo e Pedro, ambos ex-pilotos, que faleceram em 1962 e 1971, respectivamente.
Em 1959, o autódromo apresentava um traçado principal de 5 milhas no sentido horário, mas oferecia diversas configurações alternativas, incluindo pistas de 4 e 4,5 km, um oval de 1 milha (1,61 km) e uma pista de kart de 1 km. A característica mais interessante era a "Curva Peraltada," uma curva de 180º com uma inclinação de 15°, famosa por sua velocidade e perigo. Após acidentes em 1962 e 1994, a inclinação foi reduzida para 9° e, posteriormente, para 3°.
O circuito é famoso na Fórmula 1 devido à alta velocidade com que os carros passam pela emblemática curva, alcançando quase 300 km/h. Após as curvas 12 e 13, conhecidas como "Esses," os pilotos seguem para a "Recta del Ovalo," atingindo velocidades superiores a 300 km/h, antes de enfrentar a desafiadora Curva Peraltada, que lembra a Curva Parabólica de Monza.
Em 2013, o traçado passou por uma reforma que estreitou várias curvas para criar mais áreas de escape. As rápidas Esses no meio da volta também foram modificadas para melhorar a segurança. Além disso, uma nova seção de pista foi acrescentada.
A clássica Curva Peraltada foi reformulada, criando um miolo com curvas fechadas cercado por arquibancadas. Essas mudanças foram realizadas devido à necessidade de áreas de escape e foram projetadas por Hermann Tilke.
A nova curva, que substituiu a antiga 'Peraltada', foi criada em homenagem a Nigel Mansell, por uma épica ultrapassagem sobre Gerhard Berger no GP do México de 1990.
7 curiosidades sobre o Grande Prêmio do México
Agora que você está mais familiarizado com a pista, que tal explorar os dados e os fatos curiosos sobre esse circuito? Vamos a eles?
1. Os maiores vencedores do circuito
Entre os principais vencedores do GP do México, destaca-se o holandês Max Verstappen, com impressionantes quatro primeiros lugares. Na sequência, temos Lewis Hamilton, Jim Clark, Nigel Mansell e Alain Prost, todos com duas vitórias cada.
2. O número de pódios para as equipes no GP do México
Quando analisamos os pódios no autódromo mexicano, a Ferrari se destaca como líder, tendo subido ao pódio pelo menos 11 vezes nessa pista. A equipe Brabham a segue de perto, com 10 presenças, enquanto a McLaren e a Mercedes estão empatadas com 9 aparições cada. A Williams mantém sua vantagem sobre a Red Bull, com 8 qualificações no pódio.
3. A única vitória brasileira no autódromo mexicano
Ayrton Senna, pilotando pela McLaren, foi o único brasileiro a conquistar uma vitória no GP do México, em 1989. No entanto, em 1991, o bicampeão da categoria teve um momento dramático durante os treinos livres. Sua McLaren perdeu o controle na curva Peraltada, girou e capotou após bater na barreira de pneus. Por sorte, o piloto saiu ileso desse incidente.
4. O primeiro pódio do multicampeão Michael Schumacher
No México, Michael Schumacher alcançou o primeiro de seus 155 pódios na Fórmula 1. Pilotando pela equipe Benetton Ford Cosworth, o piloto alemão conquistou a terceira posição na corrida de 1992, vencida por Nigel Mansell, da Williams.
5. A altitude do GP do México
O GP do México é a etapa de maior altitude no calendário atual da Fórmula 1, localizado a 2.240 metros acima do nível do mar. Essa altitude tem um impacto significativo no desempenho dos carros, afetando tanto a aerodinâmica como a mecânica, e até mesmo o desempenho dos pilotos.
6. Pilotos mexicanos que já disputaram a Fórmula 1
Sergio Pérez, atualmente, é o único piloto mexicano na Fórmula 1. O México tem uma história na categoria, contando com seis pilotos ao longo dos anos: Esteban Gutiérrez, Sergio Pérez, Héctor Rebaque, Moisés Solana, Pedro Rodríguez e Ricardo Rodríguez, sendo estes dois últimos homenageados pelo nome do autódromo. Antes da estreia de Sergio Pérez em 2011, o México ficou 30 anos sem ter um piloto na Fórmula 1, sendo o último Héctor Rebaque, que encerrou sua carreira em 1981.
7. O estádio no autódromo do México
Uma das características mais curiosas do circuito é a seção que atravessa o "Foro Sol", originalmente um estádio de beisebol. Essa parte do traçado oferece a oportunidade para milhares de fãs presenciarem os carros da Fórmula 1 vibrando por uma seção sinuosa, gerando uma atmosfera emocionante e única.