Em um encontro fascinante entre tradição e desempenho, a icônica Gulf, reverenciada por sua rica história no segmento de petróleo e no mundo do automobilismo, selou uma parceria importante com a lendária equipe Williams de Fórmula 1 no início de 2023. Essa colaboração inclui a utilização do emblema Gulf, ostentado com orgulho nos carros FW45, nos macacões dos pilotos, mecânicos e também nos boxes da escuderia.
Com essa aliança, a Williams Racing e a Gulf buscam acumular mais recordes e conquistas nos próximos anos. Para nos prepararmos para o que está por vir, que tal relembrarmos a história e darmos uma volta pelas curiosidades de uma das equipes mais incríveis da categoria?
Um pouco sobre a história da equipe Williams
A britânica Williams, nove vezes campeã de construtores da Fórmula 1, é uma das equipes mais populares e bem-sucedidas da história do esporte. Ela foi fundada em 1977 por Frank Williams e Patrick Head, disputando sua primeira corrida no mesmo ano no Grande Prêmio da Espanha com um chassi da March e pilotado pelo belga Patrick Nève.
A Williams começou a fabricar seus próprios carros a partir do ano seguinte, e o suíço Clay Ragazzoni venceu sua primeira corrida da história da equipe no GP de Silverstone de 1979.
O primeiro título mundial da equipe viria em 1980, com o australiano Alan Jones após uma temporada excepcional e consistente. Em 1982, foi a vez do finlandês Keke Rosberg, o primeiro piloto da nacionalidade a conquistar um título mundial na Fórmula 1.
A escuderia levaria mais cinco pilotos ao ponto máximo da competição, conquistando o título mundial de pilotos com o brasileiro Nelson Piquet em 1987, o britânico Nigel Mansell em 1992, o francês Alain Prost em 1993, o também britânico Damon Hill em 1996 e o canadense Jacques Villeneuve, em 1997.
Embora sua passagem pela Williams tenha sido breve, Ayrton Senna é um dos nomes mais icônicos a ter corrido pela equipe. Em 1994, Senna se juntou à escuderia e disputou três etapas, correndo pela última vez no Grande Prêmio de San Marino, onde o trágico acidente tirou sua vida.
O mundial de construtores, como citado acima, foi vencido pela Williams nove vezes ao longo das décadas e 80 e 90, mais especificamente em 1980, 1981, 1986, 1987, 1992, 1993, 1994, 1996 e 1997. Com dificuldades posteriores, incluindo mudanças de motor, perda de patrocinadores e desempenho irregular, a equipe caiu de rendimento.
Em 2020, a escuderia foi adquirida pela Dorilton Capital, marcando o fim de 43 anos de controle por parte da família Williams e busca revitalização por meio de mudanças de liderança e parcerias — como com a Gulf – para retornar ao seu grande sucesso competitivo.
10 curiosidades da equipe Williams
Após explorar sua história, separamos algumas curiosidades da equipe Williams, que envolvem seus mais de quarenta anos dentro da Fórmula 1. Confira:
1. Sir Frank Williams, uma das figuras mais notáveis da história do automobilismo
Nascido em 1942, o britânico Frank Williams conseguiu adquirir e gerenciar várias equipes de automobilismo diferentes, tanto na Fórmula 2 quanto na Fórmula 3. Sua primeira tentativa no esporte foi em 1969, quando comprou a Brabham. Apesar da equipe não ter dado certo, Frank conseguiu transformar a Williams em uma das equipes mais importantes da história da Fórmula 1.
2. O legado familiar da Williams
Claire Williams, filha de Frank Williams, atuou como CEO e chefe de equipe da Williams por vários anos, tornando-se a única chefe de equipe feminina no grid. Ela conseguiu reverter o desafio financeiro enfrentado pela equipe até o final de 2020, quando anunciou sua venda ao grupo norte-americano Dorilton Capital.
3. Uma rivalidade histórica
Michael Schumacher e Jacques Villeneuve batalharam durante 1997 até a última corrida em Jerez, onde ocorreu a famosa colisão entre o piloto da Ferrari e o piloto da Williams. Nesse ano, os dois pilotos somaram 12 vitórias, 7 para Villeneuve e 5 para Schumacher. O título ficou com o canadense, mas, curiosamente, eles nunca compartilharam o mesmo pódio.
4. A Williams e as dinastias campeãs
Até 2016, Graham e Damon Hill eram os únicos exemplos de pai e filho campeões mundiais da Fórmula 1. Graham faturou os títulos em 1962 e 1968, por BRM e Lotus, respectivamente, enquanto seu filho Damon levantou o troféu em 1996, pela Williams. A família Rosberg, com Keke na Williams e Nico na Mercedes, igualou esse feito com um intervalo de 34 anos.
5. O piloto mais vitorioso da Williams
Enquanto 16 pilotos diferentes subiram ao topo do pódio vestindo as cores da Williams, Nigel Mansell se destaca como o mais vitorioso. Com 28 vitórias, Mansell conquistou sua primeira corrida pela equipe em 1986 e a última em 1994. O piloto britânico é seguido pelo também campeão mundial Damon Hill, com 21 vitórias.
6. Um dos carros mais emblemáticos da história
A FW14B, projetada por Patrick Head e Adrian Newey, é considerada uma das máquinas de corrida mais avançadas já construídas. O carro apresentava tecnologia inovadora, incluindo controle de tração, freios ABS, suspensão ativa e uma caixa de câmbio semiautomática. Nigel Mansell venceu 9 das 16 corridas em 1992 com esse carro, conquistando o campeonato de pilotos, enquanto Riccardo Patrese adicionou outra vitória, contribuindo para o quinto título de construtores da equipe.
7. As voltas mais rápidas da história da Fórmula 1
Após 17 anos, a impressionante velocidade média de Keke Rosberg em Silverstone foi superada, e apropriadamente, foi outro piloto da Williams que o fez. Juan Pablo Montoya atingiu 372 km/h em Monza em 2005. O recorde foi novamente superado por uma Williams, pilotada por Valtteri Bottas, atingindo 378 km/h em 2016 no Azerbaijão.
8. Atenção incomparável aos fãs
A equipe Williams permitiu que os fãs participassem da escolha da pintura especial dos carros para três Grandes Prêmios da atual temporada de 2023. O design "Bolder Than Bold" foi o vencedor escolhido por entusiastas em uma votação acirrada e irá colorir os carros da equipe nas corridas de Singapura, Japão e Catar.
9. Inovações técnicas avançadas
Além de carros históricos, a Williams se destacou com o desenvolvimento de óculos de realidade aumentada (AR) para sua equipe nos boxes. Esses óculos fornecem dados e informações sobre o desempenho do carro em tempo real, permitindo que os técnicos tomem decisões e façam ajustes rápidos durante as corridas. A equipe também emprega tecnologia da impressão 3D para criar peças exclusivas e personalizadas para seus carros, contribuindo para maior leveza, resistência e aerodinâmica.
10. Liderança em aerodinâmica, desenvolvimento e sustentabilidade
A Williams fez contribuições significativas para o automobilismo, especialmente na área de aerodinâmica. A equipe foi pioneira em testes de túnel de vento e dinâmica digital, resultando em conceitos aerodinâmicos de ponta que continuam a influenciar o esporte. Além disso, desempenhou um papel vital no desenvolvimento de jovens talentos, apoiando pilotos como Ayrton Senna, Nigel Mansell e Jenson Button. Na frente da sustentabilidade, a equipe liderou, promovendo tecnologia híbrida e energias renováveis para reduzir o impacto ambiental no esporte.
