O encerramento da temporada de Fórmula 1 de 2023 marcou um capítulo especial para a lendária equipe Williams. Sob a liderança de James Vowles, ex-estrategista da Mercedes, e com o patrocínio da icônica Gulf, a equipe enfrentou desafios e celebrou conquistas importantes, com destaque para o brilho do piloto Alexander Albon.
Neste artigo, relembraremos alguns momentos marcantes deste ano importante para a escuderia de Grove, nove vezes campeã da categoria, que busca incessantemente retornar aos dias de glória.
A chegada da Gulf como patrocinadora
O ano de 2023 trouxe uma reviravolta positiva para a Williams com a entrada da Gulf como patrocinadora. A parceria não só trouxe aos fãs uma atmosfera campeã revivida pelo sucesso de ambas as marcas, mas também agregou um toque de nostalgia ao visual da equipe junto a um excelente apoio financeiro.
A icônica marca de combustíveispossibilitou também que os amantes da escuderia votassem em uma pintura especial. Com mais de 180 mil votos, o design "Bolder Than Bold" conquistou 51,9% da escolha dos fãs e pôde ser enaltecido durante os GPs de Singapura, Japão e Catar.
E o envolvimento da Gulf não se restringiu apenas às cores ou à Fórmula 1. A empresa também esteve bem próxima aos jovens pilotos da Academia Williams e ao ESPORTES, proporcionando visibilidade aos novos talentos e oferecendo seu importante apoio.
A vinda de James Vowles
A contratação estratégica de James Vowles como chefe da equipe marcou uma mudança significativa na abordagem da Williams para a temporada de 2023. Vowles, com sua experiência na Mercedes, trouxe uma visão renovada à escuderia, junto a uma liderança visionária. Suas recentes declarações mostram que o foco está no desenvolvimento do carro para o próximo ano e simboliza uma mentalidade orientada para o futuro, buscando restaurar a glória da Williams nos próximos anos.
James tem uma carreira de sucesso, com 21 anos de experiência na Fórmula 1 até o momento. O britânico foi fundamental para auxiliar a Mercedes na conquista de nove campeonatos de construtores da F1 e supervisionou mais de 120 vitórias em corridas. Seu cargo mais recente em Brackley marcou quatro anos da sua carreira, voltado para a parte de estratégia, mas antes disso ele ocupou funções importantes na engenharia na Mercedes. O britânico também trabalhou com a Honda, Brawn GP e BAR.
Além de Vowles, Pat Fry também foi anunciado como o novo diretor-técnico da equipe Williams na Fórmula 1 em 2023. O engenheiro britânico deixou sua posição na Alpine para retornar à Inglaterra e se juntar ao time da escuderia, que estava sem um profissional nessa posição desde dezembro do ano passado.
Fry começou seu trabalho na Williams em novembro, e tanto a equipe quanto ele parecem empolgados com a nova parceria, acreditando que sua vasta experiência fortalecerá as capacidades técnicas da equipe.
Com uma sólida carreira na Fórmula 1, tendo trabalhado em equipes como Benetton, McLaren, Ferrari e Renault/Alpine, o engenheiro traz consigo um amplo conhecimento no automobilismo. A Williams espera que sua chegada também possa contribuir para o sucesso futuro para a equipe que vem demonstrando uma melhoria em sua performance desde o início da temporada.
O brilho de Alexander Albon
Alexander Albon se destacou como a estrela da Williams nas pistas em 2023. Ao encerrar a temporada com 27 pontos, ele não apenas superou seu companheiro de equipe, Logan Sargeant, mas também demonstrou consistência na busca por boas posições.
O piloto anglo-tailandês teve suas melhores performances, resultando em pontos, no Bahrein, Canadá, Inglaterra, Holanda, Itália, Catar, Estados Unidos (Austin) e México. Com um 13º lugar no Campeonato de Pilotos, contribuindo para os 28 pontos conquistados pela Williams na temporada, Albon mostrou um notável avanço em relação ao ano anterior, quando acumulou apenas 4 pontos e terminou em 19º na classificação dos pilotos. Da mesma forma, a Williams subiu de posição, encerrando a temporada anterior em 10º lugar entre as equipes.
Um ano de aprendizados para Logan Sargeant
Até o momento, sem confirmação sobre a sua permanência no lineup de pilotos da Williams, Logan Sargeant encerrou sua primeira temporada na Fórmula 1 com poucos momentos positivos. O piloto norte-americano, que estreou na equipe no início do ano, conquistou pontos apenas no GP de Austin, nos Estados Unidos, em uma das corridas consideradas "em casa", aproveitando as desqualificações de Charles Leclerc e Lewis Hamilton para ganhar posições.
Enfrentando o desafio de pilotar o FW45 ao lado de Alexander Albon, um dos pilotos mais destacados da temporada, o novato não apenas ficou atrás nas corridas, mas também nos treinos e qualificações. Albon superou Sargeant em todas as classificações ao longo da temporada de Fórmula 1, igualando um feito que não era alcançado desde 2020, quando Max Verstappen superou o próprio piloto tailandês nas 17 disputas de grid da temporada.
Apesar dos obstáculos, a Williams reconheceu os esforços do novato, mantendo a expectativa de que Sargeant possa superar os desafios e, em uma possível próxima temporada, amadurecer e evoluir a cada etapa.
Os próximos passos
O sétimo lugar no campeonato de construtores pode ser apenas um detalhe na história da Williams em 2023, pois a equipe já está focada no futuro. James Vowles destaca que a interrupção no desenvolvimento do carro em certo ponto da temporada foi um passo consciente em direção a metas mais ambiciosas nos anos seguintes.
A Williams, com sua riquíssima história, parece estar traçando um caminho sólido para retornar ao pelotão da frente e competir com as melhores equipes da Fórmula 1. O progresso, impulsionado pela parceria com a Gulf e o desempenho de Albon, deixa os fãs otimistas sobre o que o futuro reserva para esta icônica equipe.